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2007-01-03

«ELES QUEREM TUDO E NÃO DEIXAM NADA»

É crime ter lutado pela Pátria? POR :Isabel Guerreiro «Todos os governantes, após o 25 de Abril, esqueceram-se da dívida que têm para com ex-combatentes», diz indignado Augusto Freitas, presidente da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra (APVG). Na origem da revolta estão as sucessivas promessas adiadas e a contínua reivindicação da contagem efectiva do tempo de serviço dos militares, que estiveram envolvidos na Guerra Colonial, para efeitos de aposentação e reforma. Em Abril deste ano, os ministros das Finanças e da Defesa (na altura Luís Amado) davam «luz verde» à alienação do património militar, assegurando que o dinheiro resultante da venda de cerca de 100 edifícios iria ser aplicado no reequilibrío do Fundo de Pensões dos Ex-combatentes. Entretanto, na semana passada, o actual Ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, veio afirmar, a venda de património é insuficiente para assegurar o mesmo Fundo de Pensões.«Para um universo de 193 mil beneficiários precisamos de 828 milhões de euros», asseverou. Assim, argumentando restrições orçamentais, o Governo também pode vir a reduzir para mais de metade o valor do complemento especial de pensão--criado hà dois anos--a fim de assegurar a sua atribuição aos cerca de 450 mil antigos combatentes. Recorde-se que se trata de um subsídio atribuido aos ex-militares que desempenharam dois anos em serviços de perigosidade nas ex-colónias e que actualmente ascendia a cerca de 300 euros anuais. A verba poderá ser reduzida para 150 euros/ano.« o que são 150 euros anuais? É ridículo e não responde aos anseios e interesses dos ex-combatentes que quando defenderam o País eram todos iguais e corriam o risco de ser colhidos por uma bala que não escolhia rico ou pobre», destaca Augusto Freitas. O dirigente da APVG diz que «estamos perante uma grande trapalhada» e lamenta «o eterno esquecimento» para com os antigos combatentes. As críticas também são dirigidas ao ex-ministro Paulo Portas, que apenas «concedeu umas migalhas e não fez nada para resolver seriamente os problemas». O presidente, que também é médico neurologista, recorda que há muitos Veteranos de Guerra com problemas de stress-pós traumático, a fazerem hemodiálise, ou vítimas de outras doenças tropicais.«Por tudo isto estamos indignados. E se olharmos para aqueles que hoje vão defender outros interesses que não a Pátria, em nome de uma comunidade internacional, recebendo vencimentos chorudos, a nossa revolta cresce porque nós que estivemos em África e na Índia recebemos uma gratificação de miséria», diz ao acrescentar: «actualmente os militares oferecem-se para ir para os teatros de guerra enquanto nós éramos obrigados». Augusto Freitas acusa ainda o Estado de «faltar ao respeito para com aqueles que defenderam com dignidade e valentia a Pátria». A APVG já preparou um caderno reivindicativo que dá voz a várias associações de antigos combatentes (e que brevemente será uma federação com mais de 70 mil associados) para entregar ao Ministro Severiano Teixeira Se as reivindicações não forem ouvidas, os militares ponderam avançar para novas formas de lua, nomeadamente uma eventual ida ao Parlamento Europeu. «Ainda estão vivos 500 mil ex-combatentes, senhor Ministro!». Segundo o porta-voz, António Ferraz, capitão miliciano, que esteve em Moçambique durante 26 meses, a criação do subsídio anual, que veio a ser regulamentado com o decreto-lei 21/2004, «perverteu todo o espiríto da lei 9/2002 que previa uma bonificação da pensão ao contabilizar o tempo que os ex-combatentes estiveram em zonas de risco». Ferraz diz ainda que o grande problema «é que houve mais um acto de desrespeito quando se assiste ao agravar da situação diminuindo a côdea que já era pequena». «Os governantes dizem não ter dinheiro porque a venda do património não chega, então que fossem buscar outras ao Orçamento do Estado para contemplar o Fundo dos Ex-combatentes», propõe e lembra que «a dívida do Estado já é bastante antiga e quando o devedor ainda questiona o crédito é porque não quer pagar, pondo em causa todos os discursos que tem vindo a propagar». O antigo capitão miliciano afirma que não recorreram ao Tribunal Constitucional para pedir a insconstitucionalidade do decreto-lei de 2004 porque entendem que «mesmo os 150 euros faz falta a alguns ex-combatentes». «O Governo esquece-se que ainda estão vivos cerca de 500 mil Veteranos de Guerra», conclui. «o "Zé do Telhado" está sentado no Governo»« Em qualquer país do Mundo os veteranos são respeitados, em Portugal são rebotalho que incomoda o poder», diz o General Carlos Azeredo ao contar que ainda há dias esteve em Espanha com um soldado da «divisão azul», que lhe confessou estar a viver na Alemanha porque lá tinha uma pensão de guera que lhe permitia viver desafogadamente. O único comentário que lhe merece toda a situação dos antigos combatentes é o seguinte: «antigamente, nós militares, combatíamos contra o "Zé do Telhado" e defendíamos os portugueses agora o "Zé do telhado" está sentado no Governo e mete-nos a mão nos bolsos todos os dias». O General mostra-se revoltado contra a falta de consideração existente e diz: «Se os jovens que estão na tropa começarem a pensar no que lhes pode acontecer vão todos embora porque quem trata assim os militares não merece ter exército». Também o General Sílvio Silvério Marques, ex-governador geral de Angola, diz que há muito tempo que os Governos «tratam mal» os militares. «Tenho a impressão de que há a ideia de destruir e reduzir ao mínimo as Forças Armadas», admite. «Utiliza-se a Instituição Militar praticamente para exibições no exterior, que são caras, embora com grande prestígio para o País, dada a qualidade evidenciada dos militares enviados», acrescenta. O General não deixa de ponderar, em relação às dificuldades logísticas da Instituição Militar, a situação financeira que foi criada no País «apesar da enorme ajuda que nos tem sido dada».«Os ex-combatentes mereciam maior respeito por parte do Governo», termina. IN Jornal - O Diabo

1 Comentários:

  • Às segunda jan. 29, 11:23:00 da manhã , Blogger ALG disse...

    Se não vivessemos numa tentativa de país, os Ex-Combatentes teriam o reconhecimento a vários níveis, que mereciam, assim sendo, o que esta cambada de incompetentes que nos desgoverna está à espera é que pura e simplesmente eles vão "desaparecendo", resolvendo a questão!

    Cumprimentos

     

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