Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,
menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinha
se em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.
Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.
O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.Natália Correia
O Dilúvio e a Pomba
Lisboa, Publicações D. Quixote, 1979
3 Comentários:
Às domingo dez. 24, 11:04:00 da manhã ,
ALG disse...
Feliz Natal e um Excelente 2007!
Cumprimentos.
Às sexta dez. 29, 03:48:00 da tarde ,
Menina Marota disse...
Lindo! Uma bela e profunda escolha: Natália Correia!
Vim deixar o meu abraço de uma feliz entrada em 2007, com tudo o que possa alcançar...
FELIZ ANO NOVO
Às sexta dez. 29, 03:50:00 da tarde ,
Poesia Portuguesa disse...
Uma boa entra em 2007 é o que te desejo com um grande ABRAÇO e grata pela partilha do poema da GRANDE Natália Correia!
FELIIZ ANO NOVO
;)
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